23/11/2009

Descolonização Afro-Asiática

Descolonização Afro-Asiática
(HG 197) KEYLOR, William. The Twentieth-Century World. Cap. 14
(HG 313) LINHARES, Maria Y. Descolonização e Lutas de Libertação Nacional. In: O século XX. Vol. 3, pp. 35-64

Descolonização Afro-Asiática. 1
Causas da descolonização afro-asiática. 1
Descolonização pacífica. 1
- Índia (Inglaterra) 1
- África do Sul (apartheid) Ceilão, Birmãnia, Malásia, Gana, Nigéria (Inglaterra) 2
- Camarões Togo Senegal Mali Costa do Marfim Daomé Alto Volta, Niger Republica Central Africana, Congo, Brazzaville, Gabão, Chade, Madagascar, Mauritania (França) 2
Descolonização violenta. 2
- Argélia. 2
- Vietnã (1945-75) 2
- Congo Belga (guerra civil de 1961 a 65) 2
Descolonização tardia (Portugal) 2
Angola. 2
Moçambique. 2
MOVIMENTO DOS PAÍSES NÃO ALINHADOS. 2
POSIÇÃO DO BRASIL.. 3

Causas da descolonização afro-asiática
A partir da 2GM mundo torna-se bipolar. As duas guerras mundiais enfraquecem as demais potências mundiais, principalmente França e Grã-Bretanha que tinham os dois maiores impérios coloniais. A auto-determinação dos povos passa a ser um dos princípios basilares das relações internacionais sendo defendido inclusive pela carta da ONU. Surgem movimentos populares de libertação nacional nas colônias. Descrédito das idéias racistas (xHitler) e de superioridade européia (eurocentrismo). Apoio das duas novas superpotências que buscavam áreas de influência.

O mundo do pós 2GM era polarizado: o bloco ocidental, escudando-se no Plano Marshall, de caráter econômico e financeiro, e na OTAN, de caráter militar, representava o poder do grande Capital; o bloco oriental, em contrapartida, apoiava-se no Conselho de Assistência Mútua (COMECON) e, ainda, para questões políticas de coordenação dos partidos comunistas, no KOMINFORM e o Pacto de Varsóvia de natureza militar, acenava para a uma mudança, assim se pensava.
Descolonização pacífica
Estratégia de conceder a independência a suas colônias como forma de manter os vínculos econômicos GIVE AND KEEP
-Índia, África do Sul, Ceilão, Birmãnia, Malásia, Gana, Nigéria (Inglaterra)
Na Índia a independência é fruto do movimento de desobediência civil, cujo principal espoente foi Gandhi que prega a grande Índia unindo hindus e muçulmanos. Mas coube à Inglaterra a iniciativa da descolonização, ao anunciar através do primeiro ministro trabalhista Clement Attlee, em 1947 que daria independência à India até junho de 1948, com o reconhecimento de um plano de partilha entre indianos (Ìndia) e muçulmanos (Paquistão), correspondendo, assim, ao que vinha sendo exigido de longa data pelas elites locais do Partido do Congresso (Gandhi e Nehru) e da Liga Muçulmana (Jinnah Mohamed Ali). Em contrapartida, a Inglaterra se engajava, naqueles anos, na aplicação de uma política social de grande envergadura, sob o comando dos trabalhistas, em defesa do bem-estar social, o que possibilitou seu povo conhecer uma nova era de prosperidade. Em 1973 separação do Paquistão oriental (Bangladesh)


África do Sul se torna independente em 1910. O início do apartheid se dá em 1948, até 1994. Durante o Apartheid a Africa do Sul apóia Portugal na repressão contra independência de Angola e Moçambique.
- Camarões Togo Senegal Mali Costa do Marfim Daomé Alto Volta, Niger Republica Central Africana, Congo, Brazzaville, Gabão, Chade, Madagascar, Mauritania (França)
Descolonização violenta
- Argélia
(Exército e Organisation da l’Armée Secrète contra a FLN, de 1954 a 62)
- Segundo Franz Fanon, autor de Os condenados da terra, o Primeiro Mundo seria cercado por guerrilhas terceiro-mundistas.
- O conflito só termina graças ao desgaste da sociedade francesa. A paz é selada pelos Acordos de Evian.

- Vietnã (1945-75)
1) A guerra contra os Vietminh de Ho Chi Minh (1945-54) divide o país em Norte e Sul.
2) O país está dividido (1954-56) e o Sul suspende o plebiscito que poderia unificá-lo.
3) Guerra entre Norte e Sul
- O Sul passou a receber apoio maciço dos EUA a partir de 1965 (Lindon Johnson), com o episódio do Golfo de Tonkin.
- Em 1968, a ofensiva do Tet quase chega a Saigon e, em 1969, Nixon e Kissinger começam a retirada.

- Congo Belga (guerra civil de 1961 a 65)
O Congo Belga enfrentou não apenas uma guerra contra a Bélgica, mas também uma guerra civil com diferentes movimentos separatistas
- Patrice Lumumba (socialista terceiro-mundista) luta contra o coronel Mobutu, que vence e torna-se o ditador.

Descolonização tardia (Portugal)
- Salazar começa a culpar o Exército pelas derrotas nas colônias. Então sai, passando o poder a Marcelo Caetano, que é derrubado pela Revolução dos Cravos, em 1974.
Angola
- Em Angola o MPLA (socialista) vence a Unita (capitalista) em 1975.
Moçambique
- Em Moçambique a Frelimo (socialista) forma o governo e passa a combater a Renamo (capitalista) em uma guerra civil que vai até 1992.

MOVIMENTO DOS PAÍSES NÃO ALINHADOS
Nao alinhamento terceiro mundista.
1955 em Bandung é lançada a idéia de terceiro mundo. “A conferencia afro-asiatica discutiu os problemas dos povos dependentes do colonialismo e dos males resultantes da submissão dos povos ao jugo do estrangeiro. A Comissão estã de acordo em declarar que o colonialismo em todas as suas manifestações é um mal a que deve ser posto fim imediatamente ... em declarar que a questao dos povos submetidos ao jugo do estrangeiro, ao seu domínio e à sua exploração constitui uma negação dos direitos fundamentais do home é contrário à Carta das Nações Unidas e é um obstáculo à consolidação da paz mundial ... em declarar que apóia a causa da libertação e independencia desses povos.” (Comunicado final de Bandung 1955)
1961 em Belgrado é criado o movimento por Nehru, Tito, Nasser e Amed Sukarno (Indonésia).
1964 criação da UNCTAD – órgao da ONU focado em desenvolvimento

POSIÇÃO DO BRASIL
O Brasil tinha características e interesses comuns em relação aos países que promoviam seus processos de descolonização (luta contra o subdesenvolvimento)
O Brasil enviou observadores diplomáticos às conferencias de países afro-asiáticos.
Apesar disso, o Brasil assumia uma postura internacional que conciliava alinhamento quase automático com o bloco capitalista e “laços especiais de amizade” que uniriam Brasil e Portugal

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