19/02/2010

Filosofia Classica, 18/2

FILOSOFIA CLÁSSICA E MODERNA

PROF. ROGER CAMPATO
rcampato@mackenzie.br

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

A disciplina analisa, a luz da discussão de tópicos referentes ao pensamento de alguns dos mais importantes representantes das filosofias clássica e moderna, o processo pelo qual o conceito de opinião publica deixa de ser tomado como a expressão acabada do conhecimento incerto e passa a designar o juízo verdadeiro, incontestável como legitimo portador da razão.

Metodologia
Aulas expositivas, leituras e análises de textos

Avaliação
P1 = 30% da nota final (avaliação individual)
P2 = 30% da nota final (trabalhos em grupo)
P3 = 40% da nota final (avaliação individual)

Conteúdo Programático
1- a filosofia antiga e o conceito de opinião
a. o pensamento socrático: a filosofia e a superação dos juízos incertos. Como a filosofia pode ser usada para solucionar falsidades que se apresentam como verdadeiros. Platão escreveu 23 diálogos, os primeiros são sobre Sócrates histórico, Platão se limita a apresentar o conhecimento de seu mestre. Na segunda fase começam as preocupações metafísicas. É nessa fase que Platão apresenta as suas próprias idéias. Nessa segunda fase é um Sócrates dramático, é um personagem. Platão se vale desse personagem para expor suas próprias idéias.
b. Doxa (opinião) e Episteme (conhecimento, ciência) em Platão. Nesse momento da historia a opinião esta vinculada a um falso julgamento a uma falta de conhecimento, juízo incerto. Cisão entre opinião publica e verdade. Opinião publica não deveria ser levada em consideração.
c. O pensamento político aristotélico. Contradizem os ensinamentos de Platão.

2- A filosofia moderna e o conceito de opinião publica. A partir da filosofia moderna mutação: opinião adquire conotação mais positiva se aproxima da idéia de conhecimento. A opinião publica deveria ser levada em consideração. Opinião publica poderia ser portadora do conhecimento. Renascimento, sec. XVII ascensão da burguesia, democracia depende da opinião publica. Antes do surgimento de meios de comunicação de massa. Antes da opinião publica ser forjada pelos meios de comunicação, portanto. Naquela época 3mil pessoas se reuniram para discutir o contrato social de Rousseau.
a. O conceito de opinião em Hobbes
b. O conceito de opinião em Locke
c. Rousseau e a vontade geral
d. A esfera pública (publicidade) kantiana
e. Hegel e a opinião pública


Bibliografia
HEGEL, G. W.F. Princípios da filosofia do Direito. São Paulo, Martins Fontes, 2003
KANT, I: Textos seletos, Petrópolis, Vozes, 2985
LOCKE, J. Ensaios acerca do entendimento humano, São Paulo, Abril Cultural, 1978 (os Pensadores)
PLATÃO, A República, São Paulo, Nova Cultural, 1999 (os Pensadores)
Rousseau, JJ. Do Contrato Social, são Paulo, Nova Cultural, 1999, (Os Pensadores)

Bibliografia complementar
CAPALDI, N: da liberdade de expressão, Rio de Janeiro: FGV, 1974 (História da Liberdade de Expressão)
HABERMAS, J Mudança estrutural da esfera pública, Rio de Janeiro, Tempo Brasileiro, 1984
NASCIMENTO, M. Opinião Pública e revolução, São Paulo, USP, 1989

Filosofia:
Período antigo
Medieval
Moderno
Contemporâneo

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

DESENVOLVIMENTO DO PENSAMENTO HUMANO
PENSAMENTO MÍTICO
Mythos = palavra
Portanto o pensamento mítico é fundado na oralidade
Pensamento fundado na FÉ.
Em sociedades pouco complexas anterior à invenção da escrita.
Trata-se da primeira tentativa de explicação da realidade forjada pelos humanos
PENSAMENTO MÍTO-POÉTICO
Fase em que foram desenvolvidas as epopéias.
Fase de transição entre o pensamento mítico e filosófico
Mais racional forma de organização social mais complexa.
Conflito entre fé e razão.
PENSAMENTO FILOSÓFICO
Fundado na razão busca explicações lógicas
Exite uma perspectiva ocidental = filosofia teria surgido na Grécia.
Existe uma perspectiva oriental = filosofia teria surgido na Índia.
PENSAMENTO CIENTÍFICO
Também fundado na razão, busca teses que possam ser empiricamente demonstradas.
Ciência moderna a partir do séc. XVI.
Antes do surgimento da ciência moderna era a filosofia que se preocupava com todas as questões humanas.
PENSAMENTO FILOSÓFICO
Filosofia Antiga
PRÉ-SOCRÁTICOS
Matéria.
Autores que possuem preocupações metafísicas. Além do plano sensível. Origem do mundo, imortalidade da alma, existência de Deus etc. essas preocupações já estavam presentes no pensamento mítico, desde que o homem é homem ele se preocupa com essas temáticas. A diferença é que a filosofia busca explicações racionais para essas questões. Para os pré-socráticos o principio de todas as coisas estava na natureza. Para alguns era a água. Para outros era o fogo. Para Pitágoras era o número.
SÓCRATES
Preocupação com problemas morais, problemas éticos. Deixa de lado a natureza e passa a discutir o homem as questões do quotidiano. Sócrates deixa de lado as preocupações metafísicas. Preocupação com a polis com a vida em sociedade. Critico da sociedade em que vivia. Justamente por isso que foi condenado a beber cicuta.
MÉTODO SOCRÁTICO
Objetivo desconstrução de falsas convicções. São inconclusos, desconstroem as falsidades mas não apresenta uma verdade..

CONTEXTO HISTÓRICO
Polis grega = cidade estado todas elas independentes Atenas, Esparta.
Polis se dividia em espaço privado e espaço público. No espaço privado relações de trabalho, relações econômicas, relações de produção. No espaço público, relações políticas. Na esfera privada dois tipos: proprietários (senhores) e escravos. Relações de dominação prevalecia o uso da força. Ninguém era escravo por conta própria eram obrigados pelo uso da força. Na esfera pública só um tipo: cidadãos (proprietários). Portanto um único indivíduo desempenhando dois papéis um na esfera privada outra na esfera pública. Na esfera privada age como proprietário, se vale da forca para impor sua vontade, pautado única e exclusivamente por interesses individuais. Na esfera pública era obrigado a assumir outro papel, papel de cidadão, interesses coletivos, universais, interesses da totalidade dos indivíduos. Força é substituída pelo diálogo. A força só faz sentido na desigualdade, entre iguais não faz sentido o uso da força. Os cidadãos se valem do diálogo, da arte do convencimento. Discutem questões relacionadas à política, se preocupavam com as guerras por meio das quais conseguiriam mais escravos e conseguiriam mais tempo livre para se dedicar a política que era o único trabalho digno. Ciclo dependência mútua entre a esfera pública e a esfera privada. Contradição: os escravos eram coisas animadas, não tinham vontade própria. A política se preocupava com os interesses universais de poucos, excluindo os escravos.
PLUTOCRACIA = PODER DO DINHEIRO
Sofistas = opinião deliberadamente falsa que se apresenta como verdadeira. Platão chamou-os de prostitutas do saber.
Papel desempenhado pelos sofistas nessa sociedade = meramente professores de retórica, ensinavam a arte da oratória. Alem disso, constituíram uma escola filosófica que se baseava no ceticismo. Para os sofistas os homens não poderiam alcançar a verdade, que estaria além das possibilidades cognitivas, epistemológicas, de conhecimento dos seres humanos. Portanto, seria perda de tempo preocupar-se com ela (com a verdade). A verdade está em constante mutação. Se valiam do dialogo com outros objetivos, não para atingir a verdade.
Os sofistas se valem do diálogo com objetivos políticos. Uma vez que a verdade não pode ser atingida. O mais famoso dos sofistas era o Trasímaco. Eles falavam muito bem, detinham a arte da retórica, do convencimento. Desempenham o papel fundamental, de professores. Ensinavam os proprietários a arte do convencimento. Evidentemente irão cobrar por isso. Todo pensamento dos sofistas se valem do diálogo.
PLATÃO
Maiêutica = parto da verdade = todo ser humano traz consigo uma verdade que precisa ser revelada. Nasceu com Platão não com Sócrates como se achava antigamente.
Método platônico, desconstrói e coloca outra coisa, uma verdade metafísica.
Propõe a SOFOCRACIA = PODER DOS MAIS SÁBIOS apenas os mais sábios podem governar.
ARISTÓTELES
Aristóteles é o primeiro que fala em grande Grécia, todos os homens nasceram para serem escravos exceto os gregos. Igreja católica depois se baseia em Aristóteles para fundamentar a escravidão dos negros.
Aristóteles na juventude se limita a reproduzir Platão. Dois mundos.

Próxima aula critica que Sócrates faz aos sofistas. Como Sócrates vai se valer do diálogo para outros objetivos.

Nenhum comentário: