08/04/2010

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

CARLOS SANDANO
carlos@pluricom.com.br
Doutorado em mídias digitais: discurso jornalistico de uma perspectiva epistemológica.

CÓDIGO DAS NOVAS MÍDIAS.
Devemos usar nossos conceitos para reformatar os códigos das novas mídias.

PARADIGMA DA OBJETIVIDADE
modelo da Folha da década de 80, modelo tradicional do que é jornalismo, não é mais aplicável às novas mídias.

Competição, modelo industrial de produzir jornalismo, justificou a mudança de paradigma. Precisa falar para públicos diferentes para ter ganho de escala. Para público heterogeneo compre seu jornal.

Isso muda quando entra em cena o meio digital. É possível nichos de mercados muito específicos.

Esse modelo de negócio não faz mais sentido. Imparcialidade dos impressos tem de ser substituido por jornalismo mais interpretativo.

Alem disso informacao virou comodite, pode ser adquirida em qualquer lugar de forma gratuita.

Novo modelo de negócio ainda está em formação. Empresas chefes tem 15 anos google, twitter, face book etc.

Interatividade virou o grande negócio. Voto é o carro chefe do big brother. Telespectador altera o programa da televisão.

Discurso da interatividade estava presente no discurso do lula de 2002. Enquanto serra dizia eu vou fazer e o Ciro dizia eu vou fazer, lula dizia nós vamos fazer. Nós inclusivo, eu e o telespectador. E o que aconteceu com o discurso de Obama: yes we can

Com as mídias digitais e mídias sociais onde o conceito de comunidade forma um ecosistema. O sentido da informação mudou. Jornalista não é mais dono da verdade. Tem de estar disposto a escutar.

Nao funciona a transposição automática do conteudo televisivo direto para as midias digitais. A interatividade acaba com a grade hierárquica.

Objetivo do curso capacitar o jornalista para utilizar as novas tecnologias para fazer o bom jornalismo.

Acabou o modelo de negócio, calcado na passividade. Mas o jornalismo é cada vez mais necessário. O jornalista tem de promover a comunicação. De forma dialógica.


Acesso a informação
Conhecimento apoiado no processo de informações (obras) já disponíveis na sociedade.

Conflito entre
justa remuneração economica proveniente da propriedade intelectual
bem público resultante da difusão e processamento da informação

nao existe mais controle governamental (china, cuba) ou institucional corporativo (eua)

a discussao sobre a defesa da propriedade intelectual se dá hoje prioritariamente no campo jurídico da causa da inexistencia de uma tecnologia segura que impeça a reproducao digital nao autorizada

impossibilidade de se inibir as redes de distribuição usadas para estocar arquivos digitais

P2P
Único componente da infra-estrutura destas redes que pode ser atacado: seu banco de dados

Itunes nao vende musica vende comodidade.

Vender informacao nao faz mais sentido tem de vender valor agregado.

O que ~e atingido com as novas formas de reproducao e ditribuicao é o conjunto de prerrogativas patrimoniais do autor, nao o valor moral da obra.

Walter Benjamin: “ critério de autenticidade nao mais se aplica à produçao artística^em uma era de reprodutividade técnica.

Orson Welles (F for Fake) a propria autoria da obra nao conta a falsificacao seria inerente à arte mas sim o seu resultado, ou seja, a própria obra e sua funcao de reproduzir e gerar conhecimento.

Lessig: sempre havera menos arte se cada reutilizacao for taxada pelo apropriador. Os controles monopolistas tem sido a excecao nas sociedades livres. Eles tem sido regra nos estados autoritãrios.

A utilizaçao meramente intelectual da obra nao se sujeita ao controle do autor. (lessing)

Caso the pirate bay
Tracker bit torrent
1 ano de prisao a 7,7 milhoe como indenizacao pela perda de royalties a industria fonografica julgamento sera repetido por suspeicao de parcialidade

Criminalizacao de prãticas que promovem a fluidez do conhecimento da tecnologia e da criatividade representa uma das facetas da frente reacionaria que pretende acirrar o controle dos usos no mujndo (indymedia)
APCM sites e blogs destinados à compilacao de links para download de obras ilegalmente disponibilizadas fazem parte da cadeia de distribuicao ilicita de conteudo, e participam da violacao de direitos.

Logica do lucro é menos importante em relacao à logica do interesse público (logica social do jornalismo, informacoes relevantes para construcao de uma sociedade melhor) (diferente de interesse do publico interesse daquilo que o publico comprou.)

segunda-feira, 5 de abril de 2010

INCLUSÃO DIGITAL.

Galáxias da internet.

Segundo Ibope Nielsen em julho de 2009: 44,5 milhoes de pessoas no Brasil com acesso a internet em casa ou no trabalho e 64,8 milhões de pessoas no Brasil com acesso a internet em todos os ambientes (escolas, lan-houses, bibliotecas e telecentros e casa e trabalho). Alem de consumirem informação também produzem conteúdo 36,4 milhões de pessoas no Brasil.

Esse número crescente de usuários ativos está demolindo a visão de consumidor passivo de informção.

CRIS = COMMUNICATION RIGHTS IN THE INFORMATION SOCIETY
(visão mais esquerda, se opõe à visão liberal onde a prioridade é o uso economicos em detrimento dos usos sociais)
Fortalecimento do dominio public sobre o processo informative
Assegurar o acesso e o uso efetivo de redes eletrônicas em ambientes de desenvolvimento
Bens coletivos globais
Manejo democratico e transparente de informações
Combate a censura no plano governamental e coorporativo
Apoio aos meios comunitarios, internete fortalece relações comunitárias.

4 EIXOS
Estrutura de um sistema público de informação
Diversidade cultural
Propriedade intelectual / direito de autor
Apropriação social das tecnologias da informação.

Exemplo de programas de inclusão digital
Programa Telecentro (prefeitura SP)
Programa Acessa São Paulo (estadual + escola de futuro)
Portal inclusão digital (Federal)
Todos os programas tem
- auxílio de monitores
- espaço de convivência
- produção de conteúdo digital para capacitação e informação da população
- acessibilidade para usuários com deficiência
- egoverno
- inclusão social

INTERNET produção estruturada socialmente (Castels a cultura da internet é a dos criadores da internet) – cultura da internet = cultura dos criadores da internet = matriz cultural é a contracultura dos anos 60, arcabouço cultural que vai impactar os produtores da internet como Ted Nelson.

Código – produtores usuarios – consumidores usuários

CULTURA DA INTERNET
Tecnomeritocrática (cultura de Protocolos abertos para Difusão do conhecimento)
Hacker
Comunitária virtual
Empresarial

CULTURA TECNOMERITOCRÁTICA DA INTERNET
Desenvolvimento científico e tecnológico como progresso
Tecnoelites: merito decorre da contribuição para o avanço de uma dada tecnologia.
Tem como missão construir e desenvolver um sistema eletrônico de comunicação global
Descoberta tecnológica como valor supremo
Conhecimento orientado para a solução de problemas definidos pela comunidade
Exame da descoberta pelos pares
Coordenação de tarefas por figuras de autoridade.

CULTURA HACKER
Cria usos para a tecnologia criada na universidade

CULTURA EMPRESARIAL
Torna a tecnologia mais fácil e acessível

Naomi Klein (No Logo, 2003)
Embora muitos tenham observado que os recentes protestos de massa teriam sido impossíveis sem a internet, o que foi esquecido é como a tecnologia da comunicação que facilita essas campanhas está moldando o movimento à sua própria imagem (...) o consenso forçado e manifestos elaborados desaparecem ao fundo, substituídos por uma cultura de troca de informações constante, frouxamente estruturada e às vezes compulsiva.

Próxima aula: filme Piratas do vale do silicio ou piratas da internet
Cap. 2 do galaxica da internet do Castels (síntese do trabalho do Castels) vale a pena ler inteiro

Vale a pena ler o livro todo da jornalista canadense No Logo de Naomi Klein. Há 20 anos atras fazer política era ideologia acabada, hoje há cultura constante frouxamente estruturada. Não há mais estrutura política com complexo mediático que decide o que é ou não notícia e vai para uma estrutura mais fragmentada, mais tribalizada.

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