17/05/2010

Cantoria foi uma interrogação.

Cantoria foi uma interrogação.

Fim da Virada Cultural, na Praça Julio Prestes, ontem, 16/5, às 18h, foi marcado pelo encontro histórico entre Elomar, Xangai, Vital Farias e Geraldo Azevedo. Depois de 20 anos do lançamento do CD “Cantoria”, desses quatro insignes violeiros do Brasil, as expectativas eram as maiores. O público, ao invés de voltar extasiado, trouxe consigo uma série de dúvidas.

Eles brigaram? Teve mesmo problema de corda frouxa no violão de Elomar? Quando Elomar voltou ao palco os outros saíram de propósito? A falta de ensaio faz parte da proposta da Cantoria? O improviso levou Vital Farias a tocar trechos de suas músicas, ou era só para matar tempo até Elomar voltar? As últimas músicas foram um protesto à situação desconfortável em que se encontravam os artistas?

Desde antes das 17h o público já se aglomerava à frente do palco na expectativa de presenciar o encontro histórico. Chamava a atenção a quantidade de pessoas com roupas de algodão estampado, chapéus de palha ou de couro, sandálias de couro trançado e usando assessórios de artesanatos. O final de tarde ensolarada colaborava com o clima agradável de espera.



A primeira cantiga iniciou o show com maestria.



Na segunda música, a letra ambientalista de Vital feita há 10 anos sobre os problemas hoje atuais da Amazônia, mostra o quanto o artista é a frente de seu tempo.







Seguindo a mesma temática Xangai põe fogo na platéia. Letra complicada, cheia de nomes de árvores é cantada sem tropeços pelos fãs.





Na sequência, Geraldo Azevedo conduz a temática das músicas para os sentimentos e Elomar para a religião. Até esses primeiros 15 minutos, o show prometia ser perfeito. Contudo, a partir dessa quinta música Elomar sai do palco, alegando problema com uma corda frouxa no violão. Vital começa uma longa sessão de agradecimentos e músicas disparceradas são tocadas aleatoriamente. Elomar volta ao palco uns 30 minutos depois. O clima de desencontro, porém, continua.

A proposta era os 4 veneráveis músicos revisitarem suas parcerias, contudo o que prevaleceu foram os sucessos individuais. O quatro não se coordenaram para fazer um show, houve 4 shows individuais disputando o mesmo espaço e tempo.

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