20/05/2010

FILOSOFIA CLÁSSICA E MODERNA

FILOSOFIA CLÁSSICA E MODERNA


PROF. ROGER CAMPATO
rcampato@mackenzie.br

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

A disciplina analisa, a luz da discussão de tópicos referentes ao pensamento de alguns dos mais importantes representantes das filosofias clássica e moderna, o processo pelo qual o conceito de opinião publica deixa de ser tomado como a expressão acabada do conhecimento incerto e passa a designar o juízo verdadeiro, incontestável como legitimo portador da razão.

Metodologia
Aulas expositivas, leituras e análises de textos


Avaliação
P1 = 30% da nota final (avaliação individual)

P2 = 30% da nota final (trabalhos em grupo)

P3 = 40% da nota final (avaliação individual)


Conteúdo Programático

1- a filosofia antiga e o conceito de opinião

a. o pensamento socrático: a filosofia e a superação dos juízos incertos. Como a filosofia pode ser usada para solucionar falsidades que se apresentam como verdadeiras.
Platão escreveu 23 diálogos, os primeiros são sobre Sócrates histórico, Platão se limita a apresentar o conhecimento de seu mestre. Na segunda fase começam as preocupações metafísicas. É nessa fase que Platão apresenta as suas próprias idéias. Nessa segunda fase é um Sócrates dramático, é um personagem. Platão se vale desse personagem para expor suas próprias idéias.

DOXA X EPISTEME
b. Doxa (opinião) e Episteme (conhecimento, ciência) em Platão. Nesse momento da historia a opinião esta vinculada a um falso julgamento a uma falta de conhecimento, juízo incerto. Cisão entre opinião publica e verdade. Opinião publica não deveria ser levada em consideração.

c. O pensamento político aristotélico. Contradizem os ensinamentos de Platão.

2- A filosofia moderna e o conceito de opinião publica. A partir da filosofia moderna mutação: opinião adquire conotação mais positiva se aproxima da idéia de conhecimento. A opinião publica deveria ser levada em consideração. Opinião publica poderia ser portadora do conhecimento. Renascimento, sec. XVII ascensão da burguesia, democracia depende da opinião publica. Antes do surgimento de meios de comunicação de massa. Antes da opinião publica ser forjada pelos meios de comunicação, portanto. Naquela época 3mil pessoas se reuniram para discutir o contrato social de Rousseau.

a. O conceito de opinião em Hobbes

b. O conceito de opinião em Locke

c. Rousseau e a vontade geral

d. A esfera pública (publicidade) kantiana

e. Hegel e a opinião pública



Bibliografia
HEGEL, G. W.F. Princípios da filosofia do Direito. São Paulo, Martins Fontes, 2003

KANT, I: Textos seletos, Petrópolis, Vozes, 2985

LOCKE, J. Ensaios acerca do entendimento humano, São Paulo, Abril Cultural, 1978 (os Pensadores)

PLATÃO, A República, São Paulo, Nova Cultural, 1999 (os Pensadores)

Rousseau, JJ. Do Contrato Social, são Paulo, Nova Cultural, 1999, (Os Pensadores)


Bibliografia complementar

CAPALDI, N: da liberdade de expressão, Rio de Janeiro: FGV, 1974 (História da Liberdade de Expressão)

HABERMAS, J Mudança estrutural da esfera pública, Rio de Janeiro, Tempo Brasileiro, 1984

NASCIMENTO, M. Opinião Pública e revolução, São Paulo, USP, 1989


Filosofia:

Período antigo

Medieval

Moderno

Contemporâneo


quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010


DESENVOLVIMENTO DO PENSAMENTO HUMANO

PENSAMENTO MÍTICO

Mythos = palavra

Portanto o pensamento mítico é fundado na oralidade

Pensamento fundado na FÉ.

Em sociedades pouco complexas anterior à invenção da escrita.

Trata-se da primeira tentativa de explicação da realidade forjada pelos humanos


PENSAMENTO MÍTO-POÉTICO

Fase em que foram desenvolvidas as epopéias.

Fase de transição entre o pensamento mítico e filosófico

Mais racional forma de organização social mais complexa.

Conflito entre fé e razão.


PENSAMENTO FILOSÓFICO

Fundado na razão busca explicações lógicas

Exite uma perspectiva ocidental = filosofia teria surgido na Grécia.

Existe uma perspectiva oriental = filosofia teria surgido na Índia.


PENSAMENTO CIENTÍFICO

Também fundado na razão, busca teses que possam ser empiricamente demonstradas. Ciência moderna a partir do séc. XVI. Antes do surgimento da ciência moderna era a filosofia que se preocupava com todas as questões humanas.

PENSAMENTO FILOSÓFICO

Filosofia Antiga


PRÉ-SOCRÁTICOS


Autores que possuem preocupações metafísicas. Além do plano sensível. Origem do mundo, imortalidade da alma, existência de Deus etc. essas preocupações já estavam presentes no pensamento mítico, desde que o homem é homem ele se preocupa com essas temáticas. A diferença é que a filosofia busca explicações racionais para essas questões. Para os pré-socráticos o principio de todas as coisas estava na natureza. Para alguns era a água. Para outros era o fogo. Para Pitágoras era o número.

SÓCRATES
Preocupação com problemas morais, problemas éticos. Deixa de lado a natureza e passa a discutir o homem as questões do quotidiano. Sócrates deixa de lado as preocupações metafísicas. Preocupação com a polis com a vida em sociedade. Critico da sociedade em que vivia. Justamente por isso que foi condenado a beber cicuta.

MÉTODO SOCRÁTICO
Objetivo desconstrução de falsas convicções. São inconclusos, desconstroem as falsidades mas não apresenta uma verdade.

CONTEXTO HISTÓRICO
Polis grega = cidade estado todas elas independentes Atenas, Esparta. Polis se dividia em espaço privado e espaço público. No espaço privado relações de trabalho, relações econômicas, relações de produção. No espaço público, relações políticas. Na esfera privada dois tipos: proprietários (senhores) e escravos. Relações de dominação prevalecia o uso da força. Ninguém era escravo por conta própria eram obrigados pelo uso da força. Na esfera pública só um tipo: cidadãos (proprietários). Portanto um único indivíduo desempenhando dois papéis um na esfera privada outra na esfera pública. Na esfera privada age como proprietário, se vale da forca para impor sua vontade, pautado única e exclusivamente por interesses individuais. Na esfera pública era obrigado a assumir outro papel, papel de cidadão, interesses coletivos, universais, interesses da totalidade dos indivíduos. Força é substituída pelo diálogo. A força só faz sentido na desigualdade, entre iguais não faz sentido o uso da força. Os cidadãos se valem do diálogo, da arte do convencimento. Discutem questões relacionadas à política, se preocupavam com as guerras por meio das quais conseguiriam mais escravos e conseguiriam mais tempo livre para se dedicar a política que era o único trabalho digno. Ciclo dependência mútua entre a esfera pública e a esfera privada. Contradição: os escravos eram coisas animadas, não tinham vontade própria. A política se preocupava com os interesses universais de poucos, excluindo os escravos.


PLUTOCRACIA = PODER DO DINHEIRO

SOFISTAS
Sofistas = opinião deliberadamente falsa que se apresenta como verdadeira. Platão chamou-os de prostitutas do saber. Papel desempenhado pelos sofistas nessa sociedade = meramente professores de retórica, ensinavam a arte da oratória. Alem disso, constituíram uma escola filosófica que se baseava no ceticismo. Para os sofistas os homens não poderiam alcançar a verdade, que estaria além das possibilidades cognitivas, epistemológicas, de conhecimento dos seres humanos. Portanto, seria perda de tempo preocupar-se com ela (com a verdade). A verdade está em constante mutação. Se valiam do dialogo com outros objetivos, não para atingir a verdade. Os sofistas se valem do diálogo com objetivos políticos. Uma vez que a verdade não pode ser atingida. O mais famoso dos sofistas era o TRASÍMACO. Eles falavam muito bem, detinham a arte da retórica, do convencimento. Desempenham o papel fundamental, de professores. Ensinavam os proprietários a arte do convencimento. Evidentemente irão cobrar por isso. Todo pensamento dos sofistas se valem do diálogo.


PLATÃO
MAIÊUTICA = parto da verdade = todo ser humano traz consigo uma verdade que precisa ser revelada. Maiêutica nasceu com Platão não com Sócrates como se achava antigamente. Método platônico, desconstrói e coloca outra coisa, uma verdade metafísica. Propõe a SOFOCRACIA = PODER DOS MAIS SÁBIOS apenas os mais sábios podem governar.


ARISTÓTELES
Aristóteles é o primeiro que fala em grande Grécia, todos os homens nasceram para serem escravos exceto os gregos. Igreja católica depois se baseia em Aristóteles para fundamentar a escravidão dos negros. Aristóteles na juventude se limita a reproduzir Platão. Dois mundos.

Próxima aula critica que Sócrates faz aos sofistas. Como Sócrates vai se valer do diálogo para outros objetivos.


quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

diferencia o pensamento pré socrático do socrático a preocupação do primeiro com questões metafísicas e do segundo com questões morais e éticas com a vida em sociedade polis. Ambos usam a razão já são filosofia já deixaram de ser pensamento mítico pautado pela fé.
pré socrático
questões metafísicas Socrático
questões morais e éticas



No contexto de Sócrates, espaço privado heterogêneo e público homogêneo. Hoje como todos são iguais perante a lei o espaço público e o espaço privado são heterogêneos. Antes só os proprietários tinham direitos políticos. Hj todos tem direitos.


Qual o papel da filosofia nesse contexto? Sofistas professores de retórica ensinavam a arte do convencimento. Do ponto de vista filosófico os sofistas eram céticos, a verdade era inacessível ao ser humano então não se preocupavam em buscar a verdade se ocupavam com política no lugar. FILOSOFIA DOS SOFISTAS LEGITIMA O STATUS QUO. Enquanto Sócrates foi crítico ao status quo, morreu por cicuta. E Platão foi vendido como escravo porque acreditavam que a filosofia deveria exercer papel crítico.


Atualmente o diálogo em baixa, a força (soft e hard Power) fazem as vezes dos estados autoritários.


Noção de cidadania como conhecemos só surge em 1830 pq em 1789 com a revolução francesa só os alfabetizados poderiam votar.


SOFISTAS
Trata-se de um grupo de pensadores que, assumindo uma postura cética, se valem do diálogo como um instrumento voltado ao convencimento, não importando em última instância o argumento defendido.
SOFISTAS SÃO CONTEMPORÂNEOS A SÓCRATES. Não se pode falar que são pré socráticos.

SÓCRATES
Preocupação com problemas morais, problemas éticos. Deixa de lado a natureza e passa a discutir o homem as questões do quotidiano. Sócrates deixa de lado as preocupações metafísicas. Preocupação com a polis com a vida em sociedade. Critico da sociedade em que vivia. Justamente por isso que foi condenado a beber cicuta.


Sócrates diz que o texto é definitivo para ser defendido precisa de seus pais. Por isso ele não acreditava no texto escrito. Acreditava no diálogo perguntas e respostas para atingir a verdade. Não deixou nenhum texto escrito. Tudo aquilo que sabemos sobre seu pensamento nos foi transmitido por seus discípulos principalmente Platão e Xenofonte. Ambos recorrem ao diálogo mas com finalidades diferentes.


Para sofistas diálogo era só para convencer o interlocutor, independentemente da veracidade da tese apresentada. Para Sócrates o diálogo é utilizado para examinar a veracidade dos argumentos utilizados, revelando, quando fosse o caso, a sua fragilidade. Filosofia (o diálogo) é instrumento para obtenção da verdade. Verdade identificação daquilo que é essencial, eterno, imutável. Para Sócrates portanto o diálogo serve para questionar as falsas certeza a doxa (opinião). Naquele contexto a opinião dos proprietários não correspondiam a verdade eram falsas certezas. A democracia não é o melhor dos regimes.



quinta-feira, 4 de março de 2010


para próxima aula texto: Sócrates e a história de Atenas in BENOIT, H.: Sócrates e o nascimento da razão negativa. São Paulo: Moderna, 1996. (pp.18-27)


Trasímaco = trata-se de um dos principais personagens do livro A República de Platão. Trasímaco era um sofista. Sofistas ensinavam a virtude da palavra em detrimento da virtude da verdade. Trasímaco era tão bom que Sócrates tem dificuldade de refutá-lo. Hoje em dia se faz a interpretação de que os sofistas podem ser interpretados como professores de retórica mas há quem entenda que os sofistas fazem parte de uma corrente filosófica caracterizada pelo ceticismo (verdade inacessível ao ser humano, verdade possui limites).



Instrumento Objetivo

SOFISTAS DIÁLOGO Convencer seus interlocutores independentemente da veracidade dos argumentos apresentados


SÓCRATES
(ironia) DIÁLOGO Examinar sistematicamente a veracidade (a fundamentação) dos argumentos expostos.



Em todos os diálogos de Platão Sócrates encontra um interlocutor que acredita conhecer absolutamente tudo e caem em temas filosóficos com método dialógico pautado no questionamento para identificar a essência das coisas para passarmos da aparência para a essência. Essência para a filosofia é a verdade. Para a filosofia a essência do ser humano é a razão.


Na República de Platão, Trasímaco fala que a justiça nada mais é do que o interesse do mais forte. Ele chegou a essa definição a partir da experiência sensível.

SOFOCRACIA = poder dos mais sábios

PLUTOCRACIA = poder dos mais ricos


DIÁLOGOS PLATONICOS

DIÁLOGOS SOCRÁTICOS

Sócrates (personagem histórico) nesses diálogos, Platão limita-se a apresentar os ensinamentos de seu mestre, valendo-se, para alcançar tal objetivo, do método socrático.
Diálogos sobre questões morais, políticas e éticas mas são diálogos aporéticos. Não são propostas soluções. APORÉTICOS = diálogos que terminam abruptamente, que não têm fim.

DIÁLOGOS PLATÔNICOS

Sócrates (personagem dramático) nesses diálogos, grosso modo, são apresentadas as características fundamentais do pensamento autônomo de Platão. Maduro, se afasta dos conceitos do professor.

Diálogos sobre questões morais, políticas e éticas e os diálogos não são aporéticos. São propostas soluções por meio da METAFÍSICA. Platão apresenta uma solução para esses problemas e para tanto ele recorre à metafísica.

A República de Platão pertence a essa segunda linha de diálogos.

É possível estabelecer uma diferença fundamental em relação ao pensamento socrático e o método platônico. Podemos dizer grosso modo que o método platônico pode ser entendido como complementar ao método socrático.

Relatos de Sócrates de Xenofontes se assemelham com os relatos de Sócrates de Platão. Ao contrário, Aristófanes, dramaturgo que escreveu a peça As Nuvens, na qual há um personagem chamado Sócrates que é lunático que se assemelha aos sofistas.

A República

Composta por 10 livros, essa divisão não foi formulada por Platão, mas por seus editores antigos. Mito da caverna no livro 7. Finalidade essencial da República discutir por intermédio de palavras as características essenciais, fundamentais, imprescindíveis de uma sociedade justa. A República não passa de um projeto, de uma proposta. Portanto tal sociedade descrita por Platão por intermédio do personagem Sócrates jamais existiu concretamente. Trata-se de uma elucubração filosófica, de uma utopia. É o modelo de UTOPIA (utopos em nenhum lugar). Discussão sobre como deveria ser a sociedade e não como ela é. Nesse sentido Platão não faz ciência no sentido moderno do tema. Platão faz sim uma discussão normativa ou prescritiva. Podemos recorrer ao modelo para criticar a realidade.

quinta-feira, 11 de março de 2010


Dupla condenação de Sócrates:

1. foi acusado de corromper a mocidade: ensinava os jovens a se valerem da razão, para criticar o existente, a questionar os valores vigentes. Seres humanos não podem aceitar passivamente aquilo que existe.


2. foi acusado de difundir novos deuses, contrários à cultura ateniense vigente. O poder é transferido dos deuses para o homem


(ler a defesa de Sócrates, apologia de Sócrates, escrito por Platão, mostra como Sócrates se defendeu dessas acusações.)


até que ponto a democracia ateniense funcionou de fato? Nunca funcionou pelos nossos valores pois na época a democracia ateniense garantia os interesses só dos cidadãos. O povo eram os proprietário. Hoje em dia estamos diante de uma contradição explicita, mas na época de Atenas não havia essa contradição, aqueles que não tinham tempo de se preocupara com política porque tinham de se preocupar com sobreviver estavam excluídos da vida pública. A vida pública não lhes dizia respeito (de certa forma isso acontece até hoje).


Quem se beneficiava com tal modelo? O povo que era os proprietários.


Qual a proposta política apresentada por Sócrates? Questionar as limitações do modelo vigente, demonstrar a sua incoerência.


Quais as características da assembléia popular?

Se Sócrates era considerado um cidadão exemplar, por que a rigor, ele questionava as características da democracia ateniense?
Defesa de Sócrates

O que Sócrates valorizava na democracia ateniense? O diálogo. O instrumento. Quando bem utilizado o diálogo pode trazer muitos benefícios. E a democracia ateniense favorecia o diálogo que era impossível em outras cidades estado.


quinta-feira, 15 de abril de 2010

RAZÃO NEGATIVA:
Negar, exercer a dúvida, buscar essência.

SENSO COMUM:
Não produz teorias é conhecimento produzido a partir de nossas experiências quotidianas. Não é conhecimento seguro, não é conhecimento bem fundamentado. Trabalha com verdades diferentes das verdades com as quais a filosofia lida. O que interessa à filosofia não interesssa para o senso comum. O senso comum não se interessa pela essência. O senso comum vive muito bem sem teorias. Pessoa no ponto tem um senso comum de justiça mas não se interessa pelo conceito filosófico essencial de justiça. Sujeito filosofo é o que fala coisas difíceis sem aplicação. Senso comum não tem método, filosofia tem de ter método. Muitas vezes o senso comum se apropria de conceitos científicos. Por exemplo a expressão nem Freud explica, originário com Carl Popper critica a pscicanálise que ao buscar explicar tudo não explita nada.

FILOSOFIA NÃO É CIENCIA
Porque suas teorias não podem ser comporvadas de forma empírica. Mas tanto a filosofia como a ciência usam a razão. Filosofia é um jogo de linguagem, todo jogo tem regras, para participar do jogo tem que respeitar as regras. Regras são racionais mas não se preocupa com a demonstração. CIENCIA É DESDOBRAMENTO DA FILOSOFIA. Não há filosofia sem método. Mas especular não é viajar, tem de fundamentar em um método, em uma fundamentação racional. Filosofia é especulação não é ciencia porque não usa o metodo científico de comprovação numérica.

EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO
Pensamento mítico (crença), pensamento mitico poético (conflito crença e razão), pensamento filosófico (razão), pensamento cientifico (razão)

COMO SE DÁ A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO NO PENSAMENTO PLATÔNICO?
Para a sociedade justa ser construida precisa de seres humanos capazes de atingir a essencia, indivíduos dotados de alma de ouro.
Duas persectivas buscam responder a questão de como se produz o conhecimento: racionalismo e empirismo. Tanto racionalismo como empirismo se valem do intelecto e da sensibilidade para produção de conhecimento. Contudo há diferenças.
RACIONALISMO
Prioriza Intelecto (razão)
Mas usa Sensibilidade

MATEMÁTICA (fundamento da ciência, busca argumentos válidos) EMPIRISMO
Prioriza Sensibilidade dados sensíveis são mais importantes que a razão.
Mas usa Intelecto(razão)
FÍSICA (argumentos comprovados)

A partir de Descartes redefinida a origem da ciencia antes os fundamentos científicos eram sensíveis, fundamentados na física, a partir de Descartes ciencia passou a ter como origem a razão, a matemática.

PLATÃO É RACIONALISTA
Há 3 correntes racionalistas

RACIONALISMO TRANSCENDENTE (principal representante PLATÃO) FILOSOFIA ANTIGA
Razão, entendida como argumentação lógica, não pode por si só alcançar a verdade. Razão necessita de algo que lhe é exterior para alcançar a verdade. PLATAO recorre à TEORIA DA REMINISCÊNCIA (ou da Reminiscência). Razão não possui autonomia. Teoria da reminiscencia trata-se de um recurso metafísico. É por ela que que atinge a verdade para Platão.

RACIONALISMO TEOLÓGICO (principal representante Sto. Agostinho medieval século 15) FILOSOFIA MEDIEVAL
A razão não pode por si só alcançar a verdade, precisa de Deus para atingir a verdade. Razão não possui autonomia. (Sao Tomas de Aquino é empirista retoma Aristóteles e o aproxima dos ensinamentos cristãos, Agostinho é racionalista retoma Platão e o aproxima dos ensinamentos cristãos).

RACIONALISMO IMANENTE (principal representante dessa corrente é Descartes: Penso logo existo) FILOSOFIA MODERNA pós Renascimento.
Razão é plenamente capaz de alcançar a verdade. A razão por si

Cuidado:
TRANSCENDENTAL ≠ TRANSCENDENTE
Para Kant transcendental (imperativo categórico) a priori existe antes
Para Platão transcendente depois.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

COMO PLATÃO COMPREENDE A REALIDADE O MUNDO?
Para platão o mundo se divide em 2 planos:
MUNDO INTELIGÍVEL, DAS IDÉIAS, DAS FORMAS, DA VERDADE, DAS ESSÊNCIAS, MUNDO ETERNO, IMUTÁVEL
CAUSA
Habitado por seres espirituais, abstratos, chamados de EIDOS
METAFÍSICA


Mundo inteligível determina condiciona o mundo sensível.
MUNDO SENSÍVEL, CORPÓREO, MUNDO DA APARÊNCIA, TRANSITORIEDADE, MUTABILIDADE.

EFEITO
Habitado por seres corpóreos

FÍSICA

Para Platão existe conhecimento originário do mundo sensível
MUNDO INTELIGÍVEL Quinto estágio EPISTEME FILOSOFIAconhecimento pleno. METAFÍSICA. Indivíduos dotados de alma de ouro são os únicos que podem alcançar este estágio. Pessoa pode viver sem filosofia. Existem outras formas de conhecimento (outros 4 estágios). Me dê 10 minutos que ensino matemática a um escravo, me dê uma vida e não consigo explicar filosofia pq episteme, é inata. Exemplo o circulo ele mesmo não a mera representação. O circulo exite fora da cabeça do filósofo,é dado autonomo. Precisamos do mundo corpóreo para alcançar o que existe na essencia.
MUNDO SENSÍVEL Quarto estágio TECHNÊ MATEMÁTICA (OPINIÃO VERDADEIRA) forma de conhecimento mais perfeita que pode ser alcançado no plano corpóreo. Exemplo fórmula matemática do círculo.

MUNDO SENSÍVEL Terceiro estágio TECHNÊ IMAGEM, representação formulada a partir da definição. Exemplo 

MUNDO SENSÍVEL Segundo estágio TECHNÊ DEFINIÇÃO, explicação, explica um determinado nome. Exemplo figura na qual a distância entre o centro e as extremidades é sempre a mesma

MUNDO SENSÍVEL Primeiro estágio TECHNÊ NOME, relação arbitrária entre significante, palavras e significado, objeto. Exemplo círculo

Todos os 4 planos do conhecimento sensível são lógicos, utilizou-se a ração.

Para Platão o conhecimento aumenta a medida que nos afastamos do mundo corpóreo. Quanto mais abstrato for o conhecimento mais proximo da verdade.

Platão sabia que se atravessasse na frente da carroagem morreríamos. O problema é epistemológico. Como explicá-lo? Não nega a existência do mundo corpóreo. Mas como chegamos à verdade sobre esse mundo corpóreo?

quinta-feira, 29 de abril de 2010

filósofos, porque dotados de alma de ouro, são os únicos capazes de atingir a verdade. Esse algo mais que distingue os filósofos dos demais seres humanos é a REMINISCÊNCIA. (forçação de barra). Mundo inteligível é o mundo metafísico, é uma tese, uma hipótese que não pode ser demonstrada, mas que sem ela o pensamento platônico não pode ser entendido. Reminiscência remete inclusive à religião. Em alguns diálogos inclusive Platão diz como na Religião que a verdade só pode ser alcançado depois da morte.

Porque o mundo inteligível é independente, autônomo? Porque o mundo inteligível determina o mundo sensível. Um é a essência outro é a aparência. Um é a causa outro é a consequencia. Nao depende de nada a não ser dele mesmo. Ex. Deus, conceito, causa, criador de tudo, autonomo, se basta, não depende de suas criaturas para existir. Essa discussão só interessa aos filósofos, é inteligível apenas pelos filósofos.

O problema ao qual platão necessita apresentar uma resposta satisfatória diz respeito à passagem do mundo sensível ao mundo inteligível. O único mecanismo vislumbrado pelo autor reside na TEORIA DA REMINISCÊNCIA. Lembrar algo que não existe mais. Não confundir Reminiscência com Memória. Memória está presente em todos os indivíduos. Reminiscência só existe nos filósofos.

HOUVE UMA ÉPOCA NA QUAL OS HOMENS POSSUIAM APENAS ESPÍRITO. Homens eram seres espirituais, eram seres EIDOS. Nesse período, os homens de acordo com o autor, possuiam semelhança com a perfeição. Não eram perfeitos. Mas eram semelhantes à perfeição.

Devido a uma falha os homens foram obrigados a viver aprisionados a um corpo. Essa época não poderá ser reestabelecida. Em nenhum momento Platão perde de vida a possibilidade de REDENÇÃO. Que deve levar em conta que homem é corpo e alma hoje em dia. METENPSICOSE transmigração da alma religião da época influenciou o pensamento platônico.

Como se daria a redenção? Alguns indivíduos, filósofos, são capazes de se lembrar dessa época. Na sociedade platonica toda a sociedade melhorará se o poder for exercído pelos filósofos. A redenção interessa ao artesão porque se o filósofo usar plenamente sua capacidade todos vão viver melhor. A partir do momento que as pessoas desempenharem as funcoes inatas o mundo melhorará.

Platão interessa aos economistas porque leva em consideração a divisão do trabalho, a produtividade.

Em platão não existe a idéia de deus, mas sim a idéia de BEM, a suma verdade.

No final da obra Platão sugere uma religião política cujo objetivo seria transmitir os valores cívicos. Socializar esses indivíduos.

Artistas e poetas fazem cópia da cópia, então são desnecessário.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

ARISTÓTELES
Aos olhos do leitor moderno é mais razoável, porque está mais próximo. É o precursor da ciencia moderna.

CIÊNCIA MODERNA = OBSERVAÇÃO + EXPERIMENTAÇÃO
Observação sistemática da realidade.
Experimentação. Tentar reproduzir fenômenos em laboratório.

Em aristóteles já há observaçao. Ao contratrio do que pensava Platão, o conhecimento para Aristóteles, é produzido atraves da observação sistemática da realidade. Observação sistemática do mundo sensível, do mundo corpóreo.


Podemos dividir o pensamento aristotélico em três fases.

FASE DA JUVENTUDE
Discípulo predileto de Platão. Aristóteles se limita a reproduzir os ensinamentos de Platão. AUTOR IDEALISTA. A verdade habitava o mundo inteligível, seria alcançado apenas pelos homens de alma de ouro.

FASE DA TRANSIÇÃO
Menor importancia no pensamento aristotélico. Nessa fase Aristóteles começa a se distanciar de Platão. Começa a questionar as categorias platonicas: mundo sensivel, mundo inteligivel, reminiscência.

FASE DE MATURIDADE
Pensamento autônomo, distanciado do platonismo. AUTOR REALISTA. a verdade está presente no mundo sensível. Fundamental a observação para atingir a verdade. Por isso Aristóteles é o pai da ciencia moderna. Aristóteles se torna um crítico ferrenho de Platão. Mas antes de criticar conheceu o platonismo muito bem, se formou dentro dessa tradição. É brilhante porque sabe dialogar com a tradição.


IDEALISMO X REALISMO
Para idealismo a verdade reside no mundo inteligível
Para realismo a verdade está presente no mundo sensível.


DIVERGÊNCIAS ENTRE PLATÃO E ARISTÓTELES
Aristóteles privilegia a observação. Ao observar a realidade de maneira sistemática se depara com um fenômeno recorrente FENOMENO DO MOVIMENTO. Os seres que habitam a natureza estão em constante mudança, não são estáticos. Os seres se transformam: nascem, crescem, proliferam e morrem. Por que os seres se transformam? Por que a natureza está em constante movimento. Aristoteles preceptor de Alexandre o Grande. Dissecava os animais capturados pelas expedições de Alexandre. A fisica aristotélica predominou do sec IV ac até o séc XVIdc. Até galileu. Como a ciência moderna ainda não existia os filosofos se ocupavam da totalidade, da biologia, da física da sociedade... todos os fenomenos que podem ser observados possuem uma causa. Nada ocorre por acaso. Para explicar o movimento, propõe 2 categorias explicativas: POTENCIA e ATO. Potência seria a qualidade presente nos seres, ainda não realizada. Ato seria a qualidade realizada. O movimento nada mais é que a transformação de potência em ato. Árvore é resultado da transformação da semente. Causa biológica. A natureza é sábia. Concepção teleológica da natureza. TELOS finalidade. Natureza trabalha constantemente para que os seres tranformem potencia em ato. Trabalha incessantemente para os seres realizarem sua finalidade para que transformem a sua potencia em ato. Para aristóteles nada ocorre sem uma causa. Não existe o acaso. Ovo causado por uma galinha, galinha por outro ovo, ovo por outra galinha reduction ad infinitum. CAUSA PRIMEIRA = motor imóvel, causa incausauda. Suposição que não pode ser demonstrada. É a própria força da natureza, uma força que não pode ser explicada, é metafísica. Física aristotélicas portanto não possue argumentos científicos.




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