03/06/2010

RESUMO DO LIVRO IDEOLOGIA E TÉCNICA DA NOTÍCIA DE NILSON LAGE

RESUMO DO LIVRO IDEOLOGIA E TÉCNICA DA NOTÍCIA DE NILSON LAGE

Referência:
LAGE, Nilson. Ideologia e técnica da notícia. 3. ed., rev. Florianópolis: Insular, 2001. 158 p. ISBN 8574740772

O OBJETO DO JORNAL

A forma do jornal é a primeira pista para o entendimento de seu lugar na cultura contemporânea, a compreensão de sua linguagem e a investigação de sua história.
A disposição das manchetes, o desenho das letras, sua univormidade ou variedade, a existência ou não de claros e o equilíbrio estético entre eles, o tamanho e a natureza das ilustrações poderão nos informar se o jornal se destina a público mais ou menos amplo, de menor ou maior escolaridade. Cada detalhe nos remete a uma categorização: o modo como se ditribuem os elementos gráficos(a paginação ou projeto gráfico)relaciona-se com escolas e correntes de arte, de modo que alguns jornais se enquadram no design industrial despojado e outros lembram a organicidade flamejante do art neveau.
Certos elementos constantes têm valor particular, porque significam o compromisso com o passado comum à indústria dos jornais: a forma retangular e o tamanho incômodo dos veículos standart, que nos obriga a abrir os braços para virar as páginas, asseguram às novidades do dia-a-dia a confiabilidade da tradição.

A TECNOLOGIA DA IMPRENSA
Histórico das tecnologias

DOS MOINHOS DE PAPEL AOS PERIÓDICOS
A maneira convencional de iniciar o relato da história da imprensa consiste em relacionar as grandes invenções quer marcaram o seu surgimento. É porém, embaraçoso constatar que essas notáveis criações do Renascimento europeu foram, no todo ou em parte, apropriações e desenvolvimentos de recursos técnicos criados por outras culturas. A imprensa já existia como possibilidade material muito antes da exigência social que a fez brotar.
A originalidade de Gutenberg é discutível. Ele ofereceu a muitas gerações de europeus e colonizados o modelo do herói criativo e empreendedor, cuja criatura é o próprio futuro do Homem; o ponto de articulação entre o artesão-mestre de ofício, ancestral assumido pelo empresário, e as artes e ciências, que este cuidaria de incentivar, moldando-as nos rumos da experimentação e do consumo, e das quais tiraria o melhor proveito.

A QUEBRA DE UM MONOPÓLIO
Nos séc XIII e XIV, Os Avisi eram folhas manuscritas, copiadas várias vezes e frequentemente redigidas em proveito de ricos comerciantes ou banqueiros por pessoas que disso faziam profissão. Algo semelhante acontecia, por esse tempo, com as Zaitungen da Alemanha. Quebrava-se o monopólio do Estado e da Igreja sobre os meios de comunicação. O mercantilismo tornou necessário o conhecimento da escrita e da leitura, para o registro e comunicação de dados comerciais.
Os exemplares mais antigos de jornal que se conhecem foram publicados na Alemanha em 1609. Basta relparar o breve intervalo entre essas datas para concluir que a imprensa periódicas vinha atender a necessidade social difusa. Os jornais primitivos continham notícias do estrangeiro (aponta-se como exceção o destaque das notícias locais, ddo por um nornal vienense de 1629), tratando de assuntos comerciais e de problemas políticos que afetam o comércio. Mas já o incomum e o sensacional apareciam no texto.

A MÍSTICA DA LIBERDADE
A burguesia ascendente utilizou seu novo produto para a difusão dos ideais de livre comércio e de livre produção que lhe convinham. Logo também viriam as respostas do poder político autocrático a essa pregação subversiva, sob a forma de regulamentos de consura ou da edição de jornais oficiais e oficiosos, vinculados aos interesses da aristocracia. A liberdade de expressão do pensamento somou-se, na luta contra a censura, às outras liberdades pretendidas no ideário burguês, e o jornal tornou-se instrumento de luta ideológica, como jamais deixaria de ser.

A CENSURA SOB O LIBERALISMO
“Deixemos que a verdade e a falsidade se batam. Quem jamais viu a verdade levar a pior num combata franco e livre?” poeta inglês John Milton discurso ao Parlamento Aeropagitica de 1644, em pleno curso da revolução burguesa. Sete anos mais tarde, o mesmo Milton ocuparia o cargo de censor.
Em 1793, Saint-Just: “não pode haver liberdade para os inimigos da liberdade”. Não pode haver liberdade para quem é contra o que eu entendo por liberdade.

A NOTÍCA: PROPOSTA, LINGUAGEM E IDEOLOGIA

INVESTIGAÇÃO SOBRE A VERDADE NAS NOTÍCIAS

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