20/08/2011

Aula 1 Poéticas e Estéticas Contemporâneas Dulcília Buitoni

Por Danielle Denny


18/08/2011

O início das discussões se deu com a diferença entre poética e estética. A estética se ocupa das formas e elementos constituintes. É mais abstrato. Por isso é termo usado na Filosofia e na História da Arte. O foco é a visualidade, o texto visual. As poéticas, por sua vez, são mais as narrativas. Os poemas e poesias. O foco é o texto verbal. Como são organizados.

Texto visual é um conceito bem útil para ser aplicado a assuntos relativos às telas da web.

Kant divide a ciência em ética, estética e lógica. A razão ajudaria a apontar os caminhos da ética, influenciando na estética e na lógica. Para ele o gosto tem a ver com a razão. Para a estética também tem um juízo de entendimento.

Pierce divide a ciência em heurística (ciências da descoberta, duras naturais exatas) ciência sistemática (ciências normativas, da revisão) e ciência prática (relacionadas a aplicação). Para ele, estética é uma ciência normativa (primeiridade, primeira impressão) que se vincula à Ética (juízo de valor) que por sua vez se vincula à Lógica (semiotica, signos).

Jornalismo normalmente é lógica narrativa, mas na web outras formas são possíveis, não é só narrativa, tem vínculos sonoros, tem outra forma de linearidade, tem de levar em conta conceitos de labirinto.

No Google toda busca é por ordem alfabética, não se procura ícones. Mesmo as imagens têm de ser transcritas em texto para serem passíveis de serem encontradas via Google. Forma de organizar conhecimento é a do alfabeto e é linear


Dois eixos da linguagem:

Eixo da semelhança (oposição) ideia de paradigmas nosso dicionário interior com gradação de força, relevância.

Eixo da contigüidade (sintagma) eixo linear, uma palavra vem depois da outra. Para sermos entendidos temos de seguir essas regras.


Funções da linguagem questão de predominância. (Divisão de Roman Jakobson: Lingüística e Poética.)


Função referencial, ligada ao objeto, em terceira pessoa, texto jornalista básico, muito de sintagma, uma palavra depois da outra.

Função emotiva, ou expressiva, percebe-se a posição do enunciador. Texto em primeira pessoa, rico em adjetivos, com marcas lingüísticas como (! ? ...).

Função conativa, voltada ao receptor. Marcas lingüísticas: imperativo ou vocativo. Pede reação do receptor, quer convencer. Texto predominante da publicidade: “ compre e seja feliz”. Esse tipo de função que é chamativa é muito difícil de negar. Ninguém vai contestar um “Cuidado!” um “Olha aqui!”.

Função metalingüística. Discurso sobre o código.

Função fática testa o canal. Não tem sentido algum. “Entenderam?”, “É isso?”

Função poética. Definição de Roman Jakobson. Ao invés de usar as normas e princípios do sintagma para construir uma frase, usa-se o eixo de paradigma, de semelhança, de oposição. São subversões dos princípios comuns para a construção do sintagma..Artes plásticas, também fazem essas subversões na desconstrução.

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